Querido Romeu,
sonhei contigo, sabes? Não sabes, claro que não sabes, não nos falamos. A última década que partilhamos foi apagada da existência do (teu) universo. O meu orgulho ferido não deixa que me lembre desses anos, também.
Adiante, sonhei contigo. No meu sonho entravas de rompante na casa que um dia partilhámos e fazias a tua rotina normal, como se nunca tivesses saído. No meu sonho, dizias-te arrependido e querias regressar a casa, viver comigo novamente. No meu sonho, eu abri-te a porta para te pedir que saísses, não te aceitava de volta.
Achas que, na vida real, isto aconteceria?